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Congresso, STF e Planalto são invadidos por manifestantes

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que não concordam com o resultado das eleições invadiram prédios de Brasília neste domingo. Ministro da Agricultura se manifestou

manifestação Brasília domingo janeiro
Foto: Reprodução Redes Sociais

Manifestantes apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que não concordam com o resultado das últimas eleições presidenciais invadiram o prédio do Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF) neste domingo (8).

Após a ocupação antidemocrática, o novo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, se pronunciou e disse ser “inaceitável o ataque contra a democracia brasileira neste momento em que lutamos para recuperar a imagem do Brasil perante ao mundo”.

Em outra postagem, minutos depois, o chefe do Mapa disse que contra o terrorismo, não há espaço para hesitação.

Como a ocupação começou

A invasão começou após a barreira formada por policiais militares na Esplanada dos Ministério, que estava fechada, ter sido rompida. O Congresso Nacional foi o primeiro a ser invadido, com os manifestantes ocupando a rampa e soltando foguetes. Depois eles quebraram vidro do Salão Negro do Congresso e danificaram o plenário da Casa.

Após a depredação no Congresso, eles invadiram o Palácio do Planalto e o STF. No Supremo, quebraram vidros e móveis.

Imagens mostram que o efetivo de policiais militares que estava nas proximidades do Congresso Nacional usou sprays de pimenta em uma tentativa, sem sucesso, de conter os manifestantes que entoavam palavras de ordem golpistas.

Ministro da Justiça se manifesta

Via redes sociais, o ministro da Justiça, Flávio Dino, também se manifestou, dizendo que “essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer”. Ele acrescentou ter ouvido do governo do Distrito Federal que o efetivo seria reforçado. “As forças de que dispomos estão agindo. Estou na sede do Ministério da Justiça”, escreveu o ministro.

Já o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, ressaltou ter certeza que a maioria dos brasileiros quer união e paz para que o Brasil siga em frente. “Essa manifestação é de uma minoria golpista que não aceita o resultado da eleição e que prega a violência. Uma minoria violenta, que vai ser tratada com o rigor da lei”.

Ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e secretário de Segurança Pública do governo do Distrito Federal, Anderson Torres, que se encontra nos Estados Unidos, disse, via Twitter, ter determinado ao setor de operações “providências imediatas para o restabelecimento da ordem no centro de Brasília”.

Mais tarde neste domingo, o governador do DF, Ibaneis Rocha, exonerou Torres do cargo. O governador confirmou a decisão pelo Twitter.

“Determinei a exoneração do Secretário de Segurança DF, ao mesmo tempo em que coloquei todo o efetivo das forças de segurança nas ruas, com determinação de prender e punir os responsáveis. Também solicitei apoio do governo federal e coloco o GDF [governo do Distrito Federal] à disposição do mesmo”, escreveu o governador nas redes sociais. Ibaneis informou estar em Brasília, monitorando as manifestações e tomando todas as providências para “conter a baderna antidemocrática na Esplanada dos Ministérios”.

Presidente do Senado repudia ações

Presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco disse repudiar “veementemente esses atos antidemocráticos”, que, segundo ele, deverão “sofrer o rigor da lei com urgência”. A Polícia Legislativa também está no local, na tentativa de conter a invasão.

“Conversei há pouco, por telefone, com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, com quem venho mantendo contato permanente. O governador me informou que está concentrando os esforços de todo o aparato policial no sentido de controlar a situação”, disse Pacheco.