Mais de 1 mil litros de agrotóxicos contrabandeados foram apreendidos na primeira semana de atividade da Operação Ágata.
A apreensão aconteceu na região Sudoeste do Paraná, que faz fronteira com o Paraguai e Argentina, por servidores da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), acompanhados de forças armadas, profissionais de segurança pública e agentes de fiscalização no combate aos crimes transfronteiriços.
Segundo informações da Adapar, agrotóxicos eram de origem estrangeira e de utilização proibida no território brasileiro. Na semana passada, também foram interceptadas 1,5 quilo de agrotóxicos sem cadastros nos órgãos de defesa agropecuária nacional e estadual.
Os agrotóxicos possuem periculosidade ambiental e toxicidade ao ser humano, por isso são considerados produtos de uso controlado e seguem regras específicas para a produção, transporte e comércio. A recomendação é de utilização somente em áreas agrícolas.
A pessoa flagrada comercializando, transportando ou utilizando agrotóxicos contrabandeados responde administrativa, civil e criminalmente, com pagamento de multas, destruição de lavoura, no caso de aplicação, com possibilidade de pena de reclusão de dois a quatro anos, conforme legislação federal.
Agrotóxicos
Além dos agrotóxicos, os fiscais agropecuários da Adapar estão intensificando a fiscalização ao transporte de fertilizantes, buscando apurar adulterações. Nos últimos anos, essa é uma das práticas que têm aumentado. Também há reforço na fiscalização à pirataria de sementes que, além de causar prejuízos ao comércio regular, traz grandes riscos de disseminação de pragas e doenças na agricultura paranaense.
Na área da saúde animal, a Adapar está reforçando a fiscalização da movimentação de rebanhos desacompanhada da guia de trânsito animal ou sem origem comprovadamente conhecida. A fiscalização dos insumos pecuários de uso não autorizado, tais como medicamentos e anabolizantes, que podem afetar toda cadeia produtiva da proteína animal paranaense e brasileira se utilizados de forma irregular, também é alvo da atuação.
A Adapar recomenda que os produtores rurais sempre utilizem insumos agropecuários cadastrados na entidade e no Ministério da Agricultura e que sigam as recomendações dos profissionais da agronomia e medicina veterinária, além de atualizar o cadastro do rebanho e realizar o transporte de animais com a guia.
Segundo a agência, estas práticas são essenciais para a manutenção do status sanitário animal e vegetal e o crescimento sustentável do agronegócio paranaense.