A região formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia tem cerca de 73 milhões de hectares e é responsável por quase 10% da produção total de grãos do país. Por isso, infraestrutura e logística são apontadas como as grandes prioridades para a agência.
– Primeiro, melhorar a infraestrutura da região, ela carece disso. Depois, pelos investidores que estão na região, eu acho que [o Matopiba] é o melhor projeto hoje do agronegócio brasileiro, sem desmerecer outras regiões. Mas eu vejo que são terras produtivas, onde nos temos que preparar o homem também – destaca o governador do Tocantins, Marcelo Miranda.
PDA
Durante a Agrotins, houve também a repercussão sobre o novo Plano Nacional de Defesa Agropecuária (PDA). Entre os destaques do plano estão a atualização do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi) e do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa).
Com a mudança no Sisbi, a fiscalização de estabelecimentos agropecuários será feita por estados e municípios. Produtos de acordo com as normas estaduais que atendam às federais poderão ser comercializados fora do seu estado de origem.
Já no Riispoa, a principal mudança é que a fiscalização permanente deverá ser feita apenas em unidades de abates, cerca duas mil no país. Para o Sindicato de Carnes do Tocantins, que agrega 12 abatedouros, sendo oito de bovinos, as duas medidas são positivas e devem resultar em crescimento do setor.
– Estamos de todo pronto para que o Ministério implante rapidamente isso em todo o país. Acho que é o próximo passo, a ministra está caminhando para isso, unificar a fiscalização do setor carne no Brasil – explica o presidente Oswaldo Stival.
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Agrotins
Com 530 expositores de diversos segmentos, a 15ª Agrotins deve comercializar R$ 580 milhões até sábado, principalmente em máquinas e implementos agrícolas. Mesmo com falta de recursos públicos para financiamentos no mercado, a expectativa é que as vendas sejam maiores em relação ao ano passado.
A Agrotins já é considerada a quinta maior feira agropecuária do país. Nesta edição, o cultivo de grãos é o tema central das discussões, que atraem produtores do Norte brasileiro. O diretor comercial da Uniggel, Ivan Bandeira, acredita que as vendas fechadas durante o evento devam avançar 20% comparado a 2014.
– O estado vem crescendo a cada ano, com abertura de novas áreas, com ampliação das áreas plantadas. Nossa expectativa de vendas é acima de R$ 50 milhões na feira, mesmo com a crise econômica, que achamos que passará longe de Tocantins – argumenta Bandeira.
Além de palestras e seminários, os visitantes podem conhecer novas tecnologias trazidas pelas empresas. A Fertilizantes Tocantins, por exemplo, está lançando um novo fertilizante focado principalmente para áreas de irrigação, podendo ser aplicado diretamente nas plantas.
– O hidrossolúvel tem alta solubilidade para aplicação direta nas plantas, o que deve aumentar a produtividade. Na soja, por exemplo, a média de produtividade é de 50 sacas por hectare. Com os hidrossolúveis, essa média pode subir até 15 sacas – explica o diretor comercial Divino Gondim.
