Cerca de 85% dos insumos utilizados em fertilizantes no Brasil são importados, o que deixa o país suscetível a risco de desabastecimento em caso de crises envolvendo mercados de origem.
No começo deste mês, o governo federal publicou um decreto que reestrutura o Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas (Confert), que deve debater o tão aguardado Plano Nacional de Fertilizantes (PNF). A primeira reunião do novo Confert acontecerá no dia 14 de junho, quando todos os nomes do conselho já terão sido publicados.
“Como os trabalhos para o Plano Nacional de fertilizantes começou no ano passado e o PNF, com a presidência do conselho sendo feita por Geraldo Alckmin, tivemos alguns bons exemplos, como os investimentos da Mosaic Fertilizantes em uma fábrica que estava em fase de fechamento em Sergipe, mas agora produzirá potássio até 2030”, disse o pesquisador do Embrapa Solos, José Carlos Polidoro.
Segundo Polidoro, há empresas brasileiras investindo em novas tecnologias e matérias-primas nacionais, que surgem como possíveis soluções para suprir essa demanda interna. “Representam os impactos dessa nova política”, afirmou ele ao Mercado & Companhia. Para o pesquisador, o objetivo de reduzir a dependência para 50% ao máximo poderá ser alcançado com um trabalho de metas de curto, médio e longo prazo.
“Nos fertilizantes, esse trabalho já traz resultados desde 2009, com a Rede FertBrasil, que está estruturando um centro de excelência para unir o público e o privado a centenas de tecnologias que a Embrapa e várias instituições públicas desenvolveram”, apontou.
Polidoro garantiu que estes produtos permitirão mais eficiência aos fertilizantes conforme vão chegando ao mercado.
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