O cenário de escassez de milho, especialmente no mercado brasileiro, segue no foco do mercado. Além disso, o produtor segue com foco na colheita de soja, deixando as vendas de milho em segundo plano. No cenário externo, o foco segue no relatório do USDA, que oferecerá o primeiro norte para a safra norte-americana de 2021.
Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na semana. As dicas são do analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias:
– A semana termina com poucas negociações no disponível, no geral a oferta de milho é restrita, resultando em grande dificuldade de abastecimento em muitas regiões produtoras;
– O produtor permanece focado na colheita e no escoamento da soja, com a comercialização do milho relegada ao segundo plano;
– As incertezas em torno da safrinha aumentam a propensão a reter ofertas no disponível;
– Conforme já abordado anteriormente esse quadro só vai se resolver com a entrada da safrinha no mercado entre os meses de julho e agosto;
– Movimentação cambial levou a nova alta nos preços nos portos, indicação de R$ 77 em Santos entre os meses de agosto e setembro;
– Referencial Campinas permanece posicionado a R$ 98 CIF;
– Basicamente o mercado trabalha na expectativa do relatório do USDA, que oferecerá o primeiro norte para a safra norte-americana de 2021;
– No decorrer do dia foi divulgado a expectativa de consultorias e analistas do setor privado. O mercado espera a área de milho deste ano em 93,104 milhões de acres, acima das 90,819 milhões de acres indicadas pelo USDA em 2020. Para a soja a expectativa é de 89,989 milhões de acres, acima das 83,084 milhões de acres indicadas no ano passado;
– Portanto soja e milho tendem a avançar em suas áreas em detrimento de outras culturas. Este vai ser o ponto central para a formação de tendência de curto prazo;
– O clima na América do Sul é outro ponto relevante a ser considerado, avaliando a definição da safra da Argentina ao longo do mês de abril.