A República de Camarões anunciou a abertura de seu mercado para a genética produzida pela avicultura brasileira, conforme informação repassada pelo Ministério da Agricultura à Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
A notícia foi comemorada pelo setor produtor de genética avícola do Brasil, que agora passa a fornecer pintinhos de 1 dia e ovos férteis para a avicultura camaronesa – que sofreu indiretamente os impactos da crise sanitária da avicultura europeia – principal fornecedora de genética para o país africano – causada pela influenza aviária
Camarões é um mercado com grande potencial de expansão de crescimento na produção e nos níveis de consumo, de acordo com o presidente da ABPA, Ricardo Santin. Com uma produção anual de aproximadamente 150 mil toneladas de carne de aves, a avicultura representa mais de 40% do total de carnes produzidas no país. Em termos de consumo, segundo a FAO, o consumo per capita do país cresceu de 2,2 kg em 2006 para 5,6 kg em 2016.
“Há boa expectativa quanto a esta parceria com a avicultura camaronesa. O país africano tem buscado incrementar sua própria capacidade produtiva de aves e confiou ao Brasil, como nação livre de enfermidades como influenza aviária, para o fornecimento destes insumos de alto valor agregado. Esta nova oportunidade amplia o perfil exportador deste segmento, que tem aumentado sua participação na pauta exportadora setorial”, analisa Santin.
O Brasil se consolidou como plataforma exportadora global de genética avícola. Atualmente, fornece insumos para 58 mercados na Ásia, África, Europa e Américas.