O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais baixos nesta terça-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, as quedas são mais pronunciadas entre os frigoríficos que operam apenas no mercado doméstico e localizados no Centro-Oeste do Brasil.
“Estas unidades não desfrutam de uma posição confortável em sua formação de receitas, considerando a dificuldade de repasse do custo de matéria-prima ao longo da cadeia produtiva, principalmente no preço da carne bovina”, explicou Iglesias.
Em relação aos animais destinados à exportação, principalmente para a China, o cenário é muito diferente, com preços sustentados em grande parte do país, até com tentativas de compra acima da referência média.
Por sua vez, os pecuaristas ainda desfrutam de uma boa capacidade de retenção dos animais no pasto, conseguindo assim cadenciar o ritmo dos negócios.
Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 345. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 307. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 307. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 340 por arroba. Em Goiânia, Goiás, a indicação foi de R$ 310 para a arroba do boi gordo.
Atacado
Já os preços da carne bovina seguem acomodados no atacado. Conforme Iglesias, a tendência de curto prazo ainda é de pouco espaço para reajustes, considerando a reposição mais lenta entre atacado e varejo no decorrer da segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo. Além disso, a predileção do consumidor médio ainda recai sobre proteínas mais acessíveis.
Com isso, o quarto traseiro ainda é precificado a R$ 23,70 por quilo. A ponta de agulha seguiu no patamar de R$ 14,30 por quilo. O quarto dianteiro permaneceu com preço de R$ 15,50 por quilo.