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Às vésperas do fim da campanha contra aftosa, falta vacina no RS

Criadores do estado não estão encontrando o produto em revendedoras; prazo para imunização do rebanho termina na sexta-feira, dia 30

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Foto: Seapec

O prazo para vacinar o gado contra a febre aftosa em algumas regiões do país termina nesta sexta-feira, dia 30, mas a falta do produto no Rio Grande do Sul está preocupando o setor.

Em Pelotas, no sudeste do estado, o criador Giovani Soares está há dez dias a procura de 50 doses da vacina e não encontra o produto em revendas do município. “O prazo se encerra amanhã, dia 30, e até o momento não encontrei (a vacina) nas agroveterinárias aqui da região. Os mesmos informam que não têm o produto e que provavelmente chegue amanhã”, disse.

O temor não é sem razão, a ausência da comprovação da vacinação contra a doença acarreta em multa para o produtor. A resposta que se tem das revendedoras é que o produto está em falta nos laboratórios.

Segundo a Inspetoria Veterinária de Pelotas, entidade ligada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio Grande do Sul, agroveterinárias da cidade estão há dois dias sem o produto e a previsão é que a chegada das vacinas aconteça até a manhã de sexta-feira. Cerca de 300 produtores do município ainda não comprovaram a vacinação do gado.

O problema também aconteca no Paraná. A Agência de Defesa Agropecuária do estado prorrogou nesta quinta-feira, 29, a etapa da vacinação contra a febre aftosa para 10 de dezembro por falta do produto nas revendas.

Segundo a Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, o motivo da falta do produto acontece devido à mudança na dosagem da vacina, que até este ano, é de 5 mL por animal e, a partir do ano que vem, por determinação do Ministério da Agricultura, serão fabricadas apenas doses de 2 mL. Com receio de ficar com estoques de doses maiores, os fabricantes produziram quantidade menor.

O órgão informou que foi realizado o pedido de prorrogação da vacinação ao Ministério da Agricultura, mas até o momento não houve resposta. Sem a prorrogação do prazo, o pecuarista está sujeito a multas.

Criadores das cidades Bagé, Osório, Lagoa Vermelha, Erechim e Passo Fundo também relataram falta das vacinas.

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