Os preços do bezerro, do boi gordo e da carne bovina seguiram em alta na maior parte de outubro, impulsionados pela baixa oferta e também pela demanda aquecida. A afirmação é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
No caso do bezerro, o Indicador Esalq/BM&FBovespa de Mato Grosso do Sul, teve alta de 1,27% de 30 de setembro até a quarta-feira, 30, fechando a R$ 1.386,93. A média mensal, de R$ 1.356,07, supera em 1,4% a de setembro e em 11,16% a do mesmo período do ano passado, em termos reais, ou seja, considerando a inflação.
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Para o boi gordo, a elevação no acumulado deste mês é de 3,21%, com o Indicador Esalq/B3 em São Paulo fechando a R$ 167,40 nesta quarta. Este é o maior patamar desde novembro de 2016, quando a média mensal do indicador foi de R$ 168,23 por arroba. “A média de outubro está em R$ 162,92, respectivas elevações de 2,91% e de 6,76% quando comparada às médias de setembro de 2019 e de outubro do ano passado.
No caso da carne negociada no mercado atacadista da grande São Paulo, para a carcaça do boi casado, houve valorização de 6,81% no acumulado parcial deste mês, com o preço à vista fechando a R$ 11,60 por quilo nesta quarta.
“Em outubro, a média está em R$ 11,23 o quilo, aumento mensal de 4,5% e anual de 11%, com a inflação já descontada”, disse o Cepea.
Em termos nominais, ou seja, sem considerar os efeitos da inflação, os patamares observados em outubro para a arroba do boi e para a carne no atacado são os maiores das séries históricas, iniciadas respectivamente em 1994 e 2001.