O mercado físico do boi gordo teve preços inalterados nesta sexta-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o dia foi de poucos negócios, com muitos frigoríficos ausentes da compra de gado. “O feriado da próxima semana quebrará incisivamente o ritmo das negociações. A estratégia acintosa é de manutenção das escalas de abate entre dois e três dias úteis, sem alongar em demasia a posição em um momento de grande incerteza em relação à demanda de carne bovina”, assinalou.
O fechamento de restaurantes, rede hoteleira e de outros estabelecimentos muda profundamente os padrões de consumo, com uma latente dificuldade em escoar determinados cortes, com ênfase para os cortes nobres. O consumidor final tem optado por proteínas mais acessíveis, como cortes congelados de frango, embutidos e ovo. Esse tipo de situação tende a se acentuar com o aprofundamento da recessão econômica em 2020. Enquanto isso, os pecuaristas passam a perder capacidade de retenção com o avanço do outono, o clima frio e seco acelera o desgaste das pastagens.
Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 195 a arroba. Em Uberaba, Minas Gerais, os preços permaneceram em R$ 184 a arroba. Em Dourados, Mato Grosso do Sul, os preços ficaram R$ 179 – R$ 180 a arroba. Em Goiânia, Goiás, o preço indicado foi de R$ 180,00 a arroba. Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço ficou em R$ 170 – R$ 171 a arroba.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. As exportações oferecem um alívio financeiros aos frigoríficos, com um excelente fluxo de embarques destinado à China, fazendo com que os animais que cumpram os requisitos para exportação ao país asiático sejam negociados em outro patamar.
Assim, o corte traseiro teve preço de R$ 13,50 o quilo. A ponta de agulha ficou em R$ 10,70 o quilo. Já o corte dianteiro seguiu em R$ 11,30 o quilo.