O volume de chuvas diminuiu, as temperaturas têm caído e a qualidade das pastagens já não é mais a mesma observada nos meses anteriores, fato típico para o período, segundo a Scot consultoria. “À medida em que a qualidade dos pastos vai enfraquecendo, observamos um aumento gradativo de animais terminados e, consequentemente, recriadores e invernistas aumentaram a procura, mesmo que ainda sutil, pela reposição para fazer a troca”, diz.
Diante desse quadro, a demanda tende a aumentar, associada ao volume de bezerros desmamados chegando ao mercado nas últimas semanas, gerando mais um fator de estímulo para os negócios. No entanto, o pecuarista que está fazendo a troca atualmente se depara com um cenário de queda no poder de compra.
De um lado, temos a desova de final de safra, aumentando a disponibilidade de matéria-prima para os frigoríficos, pressionando as cotações no mercado do boi gordo. Por outro lado, as cotações no mercado de reposição seguem o caminho oposto. Tomando o início do ano como referência, os animais de reposição acumulam alta de 4,3%, considerando média de todas as categorias de machos e fêmeas anelorados nos estados pesquisados pela Scot Consultoria.
Para o curto prazo, é esperada a manutenção do cenário de demanda aquecida e cotações firmes.
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Enquanto isso, no mercado do boi gordo…
Em São Paulo, o quadro é de baixa movimentação no mercado do boi gordo pós-feriado antecipado, com pouca oferta de boiadas e sem progresso nas escalas de abate, aponta a Scot Consultoria. O boi precoce, de até 30 meses, é o foco das compras, com ofertas de R$ 10 por arroba acima da referência.
Com relação ao consumo interno, não houve melhora relevante com o feriado antecipado, o que era esperado em função da pandemia.