O Escritório de Defesa Agropecuária (EDA) de Marília, interior de São Paulo, confirmou mais um caso de raiva de herbívoros nesta segunda-feira, 12. Esse diagnóstico se junta a outros oito casos ocorridos na região e totalizam 55 casos positivos da doença registrados no estado de São Paulo neste ano.
A raiva de herbívoros é uma doença letal que pode ser transmitida ao ser humano e tem como o principal transmissor o morcego hematófago da espécie Desmodus rotundus.
De acordo com médico veterinário da Secretaria de Agricultura Guilherme Shin Iwamoto Haga, que junto à Coordenadoria de Defesa Agropecuária responde pelo Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros, esta espécie de morcego ocorre em todo o território do estado de São Paulo, sendo que na região de Marília, que envolve também os municípios de Álvaro de Carvalho, Alvinlândia, Fernão, Gália, Garça, Lupércio, Ocauçu, Oscar Bressane, Pompeia, Quintana e Vera Cruz, tem alta incidência. “Muito em razão de ser uma região de serra e em virtude disso existir muitos locais onde se abrigar. Também pela população de herbívoros domésticos [bovinos, equídeos e outros] onde este encontra a uma condição ideal para buscar seu alimento”, disse.
O médico veterinário da Ricardo Scioli Dal Colletto, que atua junto ao EDA de Marília atendeu a ocorrência e está realizando um trabalho de investigação para verificar a origem da doença. “No mês de agosto está sendo programada uma força tarefa com funcionários da equipe de controle da raiva dos herbívoros de diversas partes do Estado para revisão dos abrigos de morcegos hematófagos cadastrados e busca por novos locais que possam existir”, disse Colletto.
Comunique a Defesa Agropecuária
Em caso de se observar animais com sinais sugestivos de raiva, como andar cambaleante, salivação, andar em círculos, desorientação, não conseguir manter-se em pé, não conseguir se levantar, com movimentos de pedalagem e óbito e sinais de ataques de morcegos no rebanho é preciso comunicar imediatamente a Coordenadoria de Defesa Agropecuária. As formas de contatos estão disponíveis na página da Coordenadoria na internet, em www.defesa.agricultura.sp.gov.br. Outra medida que deve ser tomada é realizar a vacinação de todo o rebanho suscetível da propriedade.