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Daoud: 'Alto custo para pecuarista gera medo para manter atividade'

De acordo com o Imea, cerca de 53% dos pecuaristas entrevistados pelo instituto pretendem confinar em 2020. A expectativa é de que 577.550 animais sejam confinados, queda de 16,45% em relação à abril de 2019

Cerca de 53% dos pecuaristas entrevistados pelo Instituto de Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) pretendem confinar em 2020. Com isso, a expectativa é de que 577.550 animais sejam confinados, o que representa queda de 16,45% em relação à abril de 2019 e de 29,93% frente a outubro de 2019, quando foi realizado o levantamento final do ano passado.

Mesmo com o mercado de proteína animal do Brasil demonstrando bons resultados mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus, principalmente pela demanda externa dos produtos, o produtor têm receio quando o assunto é custo de produção e preço do dólar.

De acordo com o comentarista Miguel Daoud, o pecuarista evita confinar com medo de custos em dólar para manter atividade. “O fato de estarmos avançando nas exportações para China é positivo, mas não podemos esquecer a maior parte do que se produz, é interno. O produtor está inseguro com o dólar em alta e o preço no mercado não está batendo”, afirma ele.