O mercado físico de boi gordo segue com preços firmes. Segundo o analista da Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, persistem os relatos de negociações acima da referência média em todo o país, de acordo com a qualidade do animal negociado.
Enquanto isso, a oferta de boiadas começa a sinalizar para algum avanço em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, no entanto, ainda sem mudanças contundentes em relação aos preços nos respectivos estados.
“No geral os frigoríficos ainda operam com escalas de abate encurtadas. Em relação a demanda, persiste o otimismo com a reposição em meio a uma nova rodada do auxílio emergencial. Além disso, precisa ser mencionado o processo de reabertura em São Paulo, que pode melhorar o consumo de cortes nobres bovinos com medidas menos restritivas de funcionamento para restaurantes, permitindo a modalidade Take Away”, diz Iglesias.
Em capital de São Paulo, a referência para a arroba do boi gordo ficou a R$ 321 a arroba, estável. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 302, ante R$ 301 a arroba na quinta-feira. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 307, inalterada. Em Cuiabá (MT), a arroba ficou indicada em R$ 307 a arroba, contra R$ 306 a arroba. Em Uberaba (MG), preços a R$ 314 a arroba, estáveis.
Carne bovina no atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. Conforme Iglesias, a tendência de curto prazo ainda remete a reajuste dos preços, com um maior otimismo em torno do consumo doméstico, com uma nova rodada do auxílio emergencial, que tende a fomentar o consumo de base, a tendência é que essa demanda se direcione para os cortes mais acessíveis, a exemplo do quarto dianteiro bovino e da ponta de agulha.
“Outro aspecto que precisa ser considerado faz menção a flexibilização das medidas de restrição em São Paulo, que permite que restaurantes utilizem a modalidade Take Away”, salienta.
Com isso, o corte traseiro seguiu em R$ 20,50 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,55 o quilo, e a ponta de agulha permaneceu em R$ 17,30 o quilo.