O pecuarista José Henrique de Castilho Girotto sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) anos atrás e quebrou um dos pés. Por conta disso, ele começou a se deslocar com menos frequência de Palmas (TO), onde mora, para a propriedade rural em Miranorte (TO). Sem alternativa, o produtor contratou um vaqueiro que tinha boas indicações para cuidar do gado.
Girotto ficou seis meses sem pisar na propriedade e, quando foi à fazenda no começo de novembro deste ano, acabou tendo uma surpresa desagradável: o funcionário e quase todos os animais haviam desaparecido.
“Eu fui fazer a vacinação [contra aftosa, brucelose e raiva]. Passei na agropecuária em que geralmente compro os produtos e disse que, como era época de vacinar apenas os animais pequenos, iria contar o gado para ter o número certinho. Quando cheguei, a casa estava toda aberta. Tinha uma galinha botando ovo na minha cama. Pela quantidade de ovos, estava daquele jeito há pelo menos nove dias”, relembra. Veja o momento da chegada abaixo:
O pecuarista afirma que não quer acusar o funcionário, mas o homem se encontrava na cidade quando o produtor chegou à fazenda e não o procurou para esclarecer o que tinha acontecido. “Ele ainda queria cobrar o salário do mês”, diz Girotto. Quando o pecuarista registrou o boletim de ocorrência junto à Polícia Civil, o vaqueiro desapareceu.
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Ao todo, foram 63 cabeças de gado roubadas, sendo um touro reprodutor puro de origem (PO), cerca de 20 vacas recém-paridas, 20 bezerros/bezerras e o restante eram bois. Além disso, equipamentos também sumiram, como compressor e motosserra. O prejuízo é estimado entre R$ 250 mil e R$ 300 mil. “Sobrou apenas uma vaca parida, que provavelmente estava escondida”, conta. A seguir, alguns dos animais de Girotto.
Segundo relato do pecuarista, o crime pode ter sido premeditado. Uma parte do pasto foi degradada porque, provavelmente, os animais ficaram confinados naquele espaço, longe da vista de terceiros.
Girotto enviou fotos da marca pessoal para a Polícia Civil e para outros produtores na esperança de encontrar o gado, mas até agora não houve retorno. Ele acredita que os animais já foram abatidos e carneados.
O pecuarista, que também é engenheiro agrícola, conta que não se vê fazendo outra coisa. Agora, ele trabalha para recomeçar. “Estou alugando o pasto. Vou começar a reformar os pastos que foram degradados e começar do zero. O que posso fazer? É meu ganha-pão, o que eu amo, então não tem jeito”, diz.
Você viu o gado furtado?
A história de José Girotto chegou ao conhecimento do Canal Rural por meio da caixa de comentários em uma reportagem sobre outro furto de gado. Da mesma forma, caso você tenha visto animais com a marca acima, pode fornecer informações nos comentários. E se foi vítima de crimes na fazenda, conte para a gente também.
