De acordo com o boletim AgroConab, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os preços da carne suína no mercado interno estão em queda nos últimos meses, cenário típico do período atual em que a demanda interna diminui.
As exportações continuam bem aquecidas, com a forte demanda chinesa, que aumentou em 40% o volume neste primeiro quadrimestre de 2021, comparado ao mesmo período de 2020. Chile, Argentina e Filipinas também aumentaram expressivamente suas importações, indicando que as vendas para o mercado externo em abril podem ter chegado a 100 mil toneladas.
Bovinos
Segundo o AgroConab, o valor da arroba da carne bovina teve uma valorização de mais de 50% desde abril de 2020, reflexo das incertezas da pandemia, aumento dos custos de produção e menor oferta de animais para o abate. As exportações também já estão 2% acima do volume observado no mesmo período de 2020, sendo a China o maior importador, que aumentou em 22% o quantitativo adquirido.
Destaque para EUA e Filipinas, que também aumentaram expressivamente as importações. A suspensão das exportações argentinas pode direcionar parte da demanda chinesa para os frigoríficos brasileiros.
Frango
Mesmo com preços mais atrativos do que a carne bovina, a Conab observa que houve elevação no preço da carne de frango no mercado nacional, principalmente pelo alto nível da demanda e das exportações. A alta nos custos de produção refletiu nas cotações do frango vivo e congelado neste ano. “Quando comparamos o cenário atual com o mesmo período do ano passado, o aumento ao produtor em São Paulo é de 90,83%, mas no atacado paulista, é de 29,73%, o que indica dificuldade de repasse dos aumentos de custo ao longo da cadeia”, explica Allan Silveira, Superintendente de Inteligência e Gestão da Oferta da Conab.
“Com o aumento do consumo interno e das exportações, a expectativa é que os alojamentos mensais de pintainhas de corte cresçam em 2021, batendo recordes”. As informações partem da assessoria de imprensa da Conab.