Os custos de produção de suínos subiram em agosto segundo os estudos publicados pela CIAS, a Central de Inteligência de Aves e Suínos, da Embrapa.
O Índice de Custo de Produção de Suínos, o ICPSuíno, subiu 1,18% em relação a julho, fechando em 436,84 pontos.
Já o ICPFrango se manteve estável, oscilando 0,01%, fechando julho em 422,03 pontos.
Os gastos com a ração dos suínos foi o item que mais influenciou a alta em agosto, subindo 0,85%. No ano, o acumulado é de 5,80%.
Com isso, o custo total de produção por quilo de suíno vivo produzido em sistema tipo ciclo completo em Santa Catarina passou de R$ 7,55 em julho para R$ 7,64 em agosto.
Nos primeiros oito meses do ano, o ICPSuíno acumula 9,07% de alta e, nos últimos 12 meses, 7,29%.
Já o ICPFrango registrou queda nos gastos com aquisição de pintinhos de um dia (-0,26%), nutrição (-0,10%) e mão de obra (-0,06%), apesar da alta com energia elétrica, calefação e cama (0,29%) e transporte (0,20%).
O custo de produção do quilo do frango de corte vivo no Paraná, produzido em aviário tipo climatizado em pressão positiva, manteve o valor de julho em agosto: R$ 5,45. De janeiro até agosto, o ICPFrango acumula alta de 4,59% e, nos últimos 12 meses, uma variação de 3,56%.
“Apesar de os custos de produção de suínos da Embrapa serem referenciais, ou seja, servirem de baliza para o setor produtivo, os mesmos podem não representar a realidade de cada suinocultor ou avicultor, sendo este dependente de variáveis produtivas, da conversão alimentar dos animais, da qualidade da mão de obra empregada nos manejos operacionais, da ambiência e nível tecnológico das instalações e da gestão técnica e econômica que o produtor consegue prover à atividade que escolheu empreender”, diz o analista da área de socioeconomia da Embrapa Suínos e Aves, Ari Jarbas Sandi.
Os índices
Os estados de Santa Catarina e Paraná são usados como referência nos cálculos da CIAS por serem os maiores produtores nacionais de suínos e de frangos de corte, respectivamente.
Os custos de produção são uma referência para o setor produtivo.
Assim, os resultados publicados na CIAS são derivados de coeficientes de produtividade pré-fixados, variando mensalmente apenas o preço dos insumos e fatores de produção.
Além disso, suinocultores independentes e avicultores sob contratos de integração devem acompanhar a evolução dos seus próprios custos de produção.