A produção de leite no Rio Grande do Sul está sendo prejudicada pelo quarto ano seguido por causa severa estiagem que atinge o estado, diminuindo a safra de grãos, como milho, alimento básico da ração das vacas leiteiras. A avaliação é do presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang.
Segundo o dirigente, em regiões do estado, como na Serra Gaúcha, a falta de chuvas dizimou diversas plantações de milho, dificultando a estocagem para a alimentação animal.
“Não gostaríamos de ser repetitivos, mas os problemas são repetitivos. A maioria do Rio Grande do Sul está com uma estiagem severa. Mas esta, com dias muito quentes, matou o milho, dizimando lavouras inteiras, tendo que fazer o replantio ou comprar alimentos, mas não tem nem onde comprar, pois os vizinhos estão na mesma situação”, lamentou ele em nota.
Tang destacou, ainda, que, mesmo com investimentos em genética e tecnologia, a falta de alimentos é prejudicial ao gado. O presidente da Gadolando salientou que junto do problema da seca, a baixa remuneração pelo litro do leite preocupa.
Ele reforçou que o consumidor precisa saber que as coisas estão difíceis e com pouca previsão de melhora no curto prazo. “A Gadolando alerta sobre este cenário do produtor de leite. Estamos com o nosso custo de produção elevadíssimo, pressionado pela estiagem”, disse.