Em uma nota divulgada na tarde desta quarta-feira (22), a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) confirmou que o resultado do teste encefalopatia espongiforme bovina (EEB), popularmente conhecida como doença da vaca louca, deu positivo.
Na nota, a agência afirma que os sintomas indicam que o caso se trata de uma forma atípica da doença, não causando risco de disseminação ao rebanho e ao ser humano.
De acordo com a Adepará, a propriedade – que tem 160 cabeças de gado – foi isolada, inspecionada e interditada preventivamente.
O órgão do governo do Pará afirma que amostras foram enviadas para um laboratório no Canadá para tipificação do agente.
O governo do estado também diz que está em contato permanente com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e que ‘trata do tema com transparência e responsabilidade’.
Até o momento, o Ministério da Agricultura ainda não se manifestou.
No entanto, na segunda-feira (20), o Mapa disse ‘todas as medidas estão sendo adotadas pelos governos’.
Doença da vaca louca
A EEB é uma doença que afeta o cérebro de bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos e pode ser transmitida por meio da ingestão de carne contaminada.
O Brasil é considerado um território de risco insignificante para a ocorrência da doença, de acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
O país registrou apenas alguns casos isolados da doença nas últimas décadas, que foram controlados e eliminados.
Os últimos casos de vaca louca no Brasil ocorreram em 2021, em Minas Gerais e no Mato Grosso, e foram considerados atípicos.
A doença da vaca louca ficou conhecida mundialmente após um surto no Reino Unido durante os anos 1990, que provocou a suspensão do consumo de carne bovina no país.
A enfermidade pode levar seres humanos à morte, por isso há um controle sanitário rígido para prevenir e controlar os casos relacionados à patologia.