Em nota, a Associação Brasileira do Produtores de Leite (Abraleite) afirma que alguns laticínios não estão repassando aos pecuaristas as altas registradas nos preços dos lácteos.
“A correlação de preços dos produtos acabados com a matéria-prima vem sendo consistentemente compartilhada nos momentos de valores deprimidos do cesto de produtos, porém, especificamente neste momento em que indicadores apontam a recuperação de preços do varejo, algumas empresas optaram por não seguir as sinalizações dos Conseleites”, diz a entidade.
De acordo com a Abraleite, o país vive um momento inédito de oferta justa, após uma safra de verão curta, com custos de produção impactados pelas altas dos grãos exportáveis, desafios climáticos no sul do país e altos preços da arroba de bovinas estimulando o abate de vacas.
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“A recente queda dos preços ao produtor traz grande desestímulo à produção primária, num contexto cambial onde o leite brasileiro se posiciona entre os mais competitivos do mundo”, pontua.
A associação destaca que, no médio e longo prazo, o setor precisa estimular a formalização das relações contratuais entre produtores e indústria, de forma a alcançar a estabilidade necessária.
“Sinalizar previamente o viés de preços ao produtor utilizando referenciais de mercado já consolidados, como as Conseleites estaduais ou o Cepea, é uma obra importante a ser vencida em nome da maturidade da nossa cadeia produtiva, que se já posiciona entre as quatro maior do mundo”, finaliza.
