O número de propriedades rurais que atuam na produção de leite caiu de 1,35 milhão para 1,18 milhão entre 2006 e 2017, recuo de 12,92%, segundo o último Censo Agropecuário, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em outubro. A quantidade de vacas ordenhadas também recuou neste período, de 12,71 milhões para 11,51 milhões de animais, o que representa queda de 9,47%. Apesar disso, o volume captado aumentou 46,62%, graças ao salto de produtividade.
A região Sul foi a que mais sentiu a queda de fazendas leiteiras, cerca de 30,4% deixaram a atividade. Em 2006, os estabelecimentos totalizavam 413,8 mil. No último levantamento, eram 288 mil. O rebanho, no entanto, aumentou 1,72%, de 2,44 milhões para 2,49 milhões de vacas.
O Nordeste perdeu 55,7 mil fazendas leiteiras (-13,60%), passando de 410 mil para 354,3 mil. Já o número de vacas recuou 19,63%, de 2,41 milhões para 1,94 milhões.
No Sudeste, cerca de 6,17% das propriedades abandonaram a atividades no intervalo entre os censos, recuando de 310,26 mil para 291,1 mil. O rebanho caiu 11,53%, de 4,46 milhões para 3,95 milhões.
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O Centro-Oeste registrou aumento no número de estabelecimentos (+2,63%), que passaram de 128,8 mil para 132,2 mil, e queda no de vacas (-16,34%), de 2,09 milhões para 1,75 milhão de cabeças.
As fazendas leiteiras no Norte passaram de 87,9 mil para 110,8 mil, alta de 25,94%. O rebanho foi de 1,31 milhões para 1,39 milhões, acréscimo de 6,33%.