A estiagem tem causado muitas revisões nas projeções de safra de milho e soja em estados do Sul do Brasil.
A situação não é diferente nas principais regiões produtoras de leite, que também amargam perdas que resultam das intempéries.
No Paraná, a estimativa é de que quase 200 milhões de litros deixem de ser produzidos, com prejuízo aos produtores de R$ 400 milhões, segundo a Secretaria da Agricultura do Estado. No Rio Grande do Sul, a Emater projetou, até a semana anterior, redução de 1,6 milhão de litros captados ao dia no estado – em algumas regiões, uma queda de quase 10%.
Segundo Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat-RS, que representa a indústria, a tendência é que o prejuízo aumente nos próximos meses.
“Temos duas realidades. Nós temos os pequenos produtores, que estão sofrendo mais, por falta de infraestrutura. E os médios e grandes produtores, que até não está sofrendo tanto com a perda da produção, mas está assustado com a elevação dos custos. O elevado custo de produção, aliás, vai ser o grande desafio da atividade leiteira. Nós estamos com os preços muito achatados. Para que a produção não cai mais, vai depender de como o mercado vai reposicionar os preços”, explica.