Lançado nessa quinta-feira, 30, durante a 42ª Expointer, o programa Leite Seguro vai beneficiar toda a cadeia produtiva do setor no Rio Grande do Sul. Desenvolvido pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do estado (LFDA-RS), em parceria com a Embrapa Clima Temperado, o projeto obteve financiamento de R$ 30,5 milhões, por meio de edital do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e vai atuar em diferentes linhas.
Uma delas será junto aos produtores, com o desenvolvimento de ferramentas e diagnósticos que melhorem a gestão dentro das propriedades. Nesse âmbito, também serão realizadas atividades de divulgação e transferência de conhecimento ao produtor e de informação e esclarecimentos à população.
No nível laboratorial, o projeto vai buscar a introdução de metodologias mais rápidas e sensíveis que identifiquem fatores de qualidade e segurança dos produtos, como aqueles para a detecção rápida de fraudes.
Para complementar, o Leite Seguro vai atuar na estruturação de ferramentas de tecnologia da informação (TI) que permitam a compilação, monitoramento e tratamento de dados de produção gerados, para subsidiar tomada de decisão pelos gestores, em alinhamento com as políticas já estabelecidas pelo ministério.
“Como ponto central, está o consumidor. Pretendemos tornar o consumidor mais consciente e ele ser um dos promotores da qualidade também. Um consumidor mais consciente vai demandar produtos mais qualificados”, afirma Fabiano Barreto, coordenador do LFDA-RS.
A previsão é que o projeto comece a ser executado em setembro e continue a ser realizado nos próximos 36 meses. Segundo José Luís Vargas, diretor do Departamento de Serviços Técnicos da Secretaria de Defesa Agropecuária, a intenção do ministério é expandir o projeto. “É um projeto voltado para a área de leite, mas todo o projeto ele pode ser expandido para outras áreas. É mais um projeto que vem se somar a iniciativas que a gente tem na área de leite dentro do Mapa”, diz.
Bom para o consumidor
Adriana Dullius, presidente do Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos, explica que o projeto se enquadra precisamente na defesa do consumidor. “Ele trabalha com a criação de todo um ambiente para que o consumidor tenha acesso a um produto mais seguro, de maior qualidade”.
Esse foi um dos critérios avaliados pelo conselho para aprovar os recursos que serão destinados ao Leite Seguro. O FDD tem recursos provenientes das ações civis públicas de direitos difusos e coletivos. Órgãos interessados em receber as verbas oriundas do fundo devem apresentar os projetos ao Conselho Gestor e, se aprovados, serão apoiados por meio de convênios.