A captação diária de leite em propriedades do Rio Grande do Sul caiu 8% nos primeiros dias de janeiro. De acordo com o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), as altas temperaturas e chuvas abaixo da média já fizeram com que um milhão de litros do produto deixassem de ser entregues às indústrias associadas.
O presidente da entidade, Alexandre Guerra, explica que a seca em algumas regiões do estado já causa perdas significativas no desenvolvimento do milho para a silagem, alimento essencial produzido para nutrição do gado durante todo o ano.
Além disso, o aumento da temperatura tem provocado estresse calórico para o animal, que acaba não se alimentando de maneira correta, refletindo na queda da produção de leite e prejudicando o período reprodutivo dos mesmos. “Já no mês de março começaremos a sentir os efeitos mais fortes em relação à escassez de alimentos para o rebanho”, frisa ele.
A expectativa do Sindilat é que esse cenário persista durante todo o mês. “Mas a ocorrência de chuvas neste período, mesmo que em pouca quantidade, já poderá amenizar a situação”, pontua Guerra.