Os números consideram o período entre 2009 e 2013, de acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) solicitados pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat). Apesar dessa evolução, a pecuária não está deixando de competir com outras culturas.
Entre os anos de 2007 e 2014, o número de animais confinados saltou de 426,5 mil para 636,6 mil, alta de 49,27% em Mato Grosso. Esse aumento contribuiu na ampliação das exportações. Atualmente Mato Grosso é o segundo estado exportador e, em 2014, embarcou o equivalente a US$ 1,205 bilhão em carne bovina.
– É um grande negócio fazer a parceria entre a pecuária e agricultura, complementando mecanismos capazes de fazer aumentar a produtividade e renda do produtor – conta o presidente da Acrimat, José João Bernardes.
Segundo ele, o produtor precisa de informação para saber o que é melhor para o seu negócio, promovendo integração ou não. Bernardes lembra que a pecuária de Mato Grosso é a maior do país, mas que ainda assim demanda investimentos.
O pecuarista Olímpio de Brito, do município de Denise, acredita que o produtor tem buscado se informar sobre as novidades do mercado e deixado de lado um pouco a tradição familiar para investir em outras formas de fazer a pecuária.
– Não tem outro caminho para a pecuária, que está limitada. Quem não se atualizar pode perder espaço na atividade – afirma.
De acordo com ele, o diferencial está na técnica apreendida na teoria e adaptada para a realidade da propriedade de cada pecuarista. Em Cáceres, o produtor Amarildo Merotti tem buscado alternativas para aumentar os ganhos.
– Práticas simples obtidas através da troca de experiência pode diminuir os riscos na atividade. Por exemplo, saber manejar o rebanho, sem agredi-lo, implica em um animal menos estressado, com perdas menores no peso – aponta o pecuarista.
Merotti apresentou sua forma de fazer pecuária durante o Circuito Expocorte, realizado entre os dias 11 e 12 de março, em Cuiabá.