Peixes

Rio Araguaia recebe torneio internacional de pesca esportiva

Competidores de diversos países vão enfrentar seis das maiores espécies de peixes de água doce do mundo; organização estimula a prática consciente

Keisuke Onoda, idealizador do torneio de pesca esportiva
Keisuke Onoda, idealizador do torneio de pesca esportiva – Foto: divulgação

Pescadores de diversos países vão participar do 1º Torneio Internacional de Pesca Esportiva, no município de Luiz Alves (GO), entre 20 e 27 de junho. Os competidores vão seis das maiores espécies de peixes de água doce do mundo: aruana, dourada, piraíba, pirarara, pirarucu e tucunaré.

Considerado o primeiro torneio de pesca de isca artificial da Amazônia, o evento visa estimular a prática da pesca consciente, o convívio com a natureza, a preservação ambiental da Amazônia e a reprodução e repovoamento das espécies nos rios, inibindo e restringindo a pesca predatória.

A competição tem também um aspecto social importante, com a Pescaria Feminina e o projeto 100 Pequenos Jornalistas, que promoverá a inclusão digital de crianças e adolescentes de Luiz Alves, que poderão filmar a competição e ter acesso às informações via internet. Eles receberão smartphones da associação do torneio.

Nova call to action

O japonês Keisuke Onoda, que mora há mais de 23 anos no Brasil,  teve inspiração do Paris Dakar para idealizar esse projeto, uma espécie de aliança entre Goiás e Tokyo, que pretende conectar os competidores com os moradores locais, usando equipamentos modernos, técnicas sustentáveis, podendo abrir portas para comércio exterior e oportunidades de turismo na região.

Representante da casa

O brasileiro Thiago Brandão espera sair vencedor e receber o título de pescador mestre da Amazônia. “Estou regularmente indo ao Araguaia, testando as iscas. Certamente essa competição não será fácil, mas com treinamento, acredito que possa ser possível alcançar a vitória”, afirma.

Para vencer, Brandão explica que a melhor estratégia é o mapeamento dos pontos onde os peixes estarão mais ativos. “Essa é uma variável importante. Porém, para mim, além do treino, é preciso boas vibrações, porque a pesca é energia e quando estamos com boa energia sempre vêm bons peixes”.

O competidor goiano pesca há 36 anos e relembra a infância, quando ele e o pai montavam acampamento no Araguaia durante as férias. “Em termos de competição, iniciei há uns quatro ou cinco anos”, acrescenta.

O torneio apresenta um desafio bem maior, segundo Brandão, o que motivou sua participação. “O evento está tomando grandes dimensões e vai, com certeza, fomentar a pesca esportiva para o rio Araguaia, para o meu estado, Goiás, e também em todo o Brasil”, avalia.

Aquicultura: tecnologia israelense está na mira do governo brasileiro