A raiva já matou 16 animais no Rio Grande do Sul neste ano. Após 18 anos de lida sem registrar casos do vírus, a pecuarista Leila Settinere, de Tapes (RS), perdeu um bezerro. “Já vacinamos todos os animais e não deixamos passar mais nenhum”, diz.
O veterinário Leandro Duarte aconselha a criadora a ficar atenta aos sintomas do vírus. “O animal começa a ter incoordenação motora, salivação, fezes escuras e secas, andar cambaleante, pedalagem e se isola dos outros animais”, explica.
Segundo o biólogo e analista ambiental da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul André Witt, todos os casos suspeitos devem ser informados à inspeção veterinária para que o animal seja diagnosticado. “Sendo positivo o resultado, os produtores são orientados a fazer o controle da população dos hematófilos”, diz.
Os especialistas reforçam que o vírus da raiva pode ser transmitido aos humanos através do contato da mucosa com feridas. Caso algum funcionário tenha entrado em contato com o animal contaminado, ele deverá ser internado e medicado imediatamente. “A Secretária da Saúde deve verificar quais pessoas tiveram contato e que tipo de contato foi, para que possa orientar se há a necessidade de vacina”, enfatiza Witt.
Sobre a vacina
A vacina é indicada a partir do terceiro mês de vida do animal. Ela é feita com o vírus inativado, não tem contraindicação ou efeito colateral. O preço baixo também chama a atenção: um vidro com 25 doses custa menos de R$ 15.