Se a resposta for “não”, então fique ligado que o Giro do Boi preparou um programa para que você entenda tudo sobre o sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta, que tem rendido ótimos resultados em todo o país.
Com o objetivo de esclarecer os benefícios e rentabilidade desta prática, convidamos pesquisadores e criadores para o programa desta quinta, 03. Roberto Giolo, pesquisador da Embrapa Gado de Corte (Campo Grande, MS), explica que a atividade é rentável justamente por colaborar na melhoria do solo, recuperar a pastagem e oferecer produtividade e qualidade do pasto.
– Além de apresentar três formas retorno financeiro (lavoura, pecuária e a venda da madeira das árvores), a floresta ainda proporciona sombras na época de sol e do frio em períodos mais gelados, o que melhora a qualidade do manejo do gado – avalia Roberto.
No Brasil, a média da taxa de lotação é muito baixa, não chega a uma Unidade Animal (450 kg de peso vivo). Já em propriedades bem manejadas e com uma intensificação de pastagem através da Integração, os números sobem para quatro U.A. por hectare.
Nosso outro entrevistado, Gilberto Rogério Perin, diretor da Agropecuária Terra Boa, de Araputanga (MT), conta que logo no primeiro ano é possível chegar a uma carga de 5 U.A por hectare.
– Enquanto muita gente sofre com estiagem de pastagens, quem utiliza ILPF está muito tranquilo nessa época do ano. Temos mais pasto agora no inverno do que no verão, visto que no verão grande parte do nosso terreno era voltada para o plantio de soja – completa Gilberto.
Dessa forma, é possível entender que a rentabilidade desse sistema vai muito além do que simplesmente entregar um rebanho com melhor acabamento, mas também garante que a pastagem esteja presente e abundante também nas épocas de seca.
• Entrevista com Gilberto Rogério Perin, diretor da agropecuária de Araputanga:
• Entrevista com Roberto Giolo, pesquisador da Embrapa Gado de Corte: