A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou nesta segunda-feira, 4, que a China habilitou sete unidades frigoríficas de Santa Catarina a exportar miúdos de suínos.
“A habilitação é resultado das tratativas realizadas durante viagem do presidente Jair Bolsonaro ao país asiático no fim de outubro”, comentou no Twitter.
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Segundo ela, as exportações já podem ter início imediato. “A medida vai movimentar a economia catarinense e gerar mais renda para os produtores rurais”, afirmou.
Durante viagem ao país asiático, a ministra anunciou que o Brasil iria exportar mais carne, frutas e vegetais para a China. Como contrapartida, os brasileiros devem importar pera dos chineses.
“Hoje o mercado de carnes está em ebulição aqui (China). A necessidade é muito grande. Então aqueles frigoríficos que estão preparados, dentro dos protocolos para exportar para a China, todos terão oportunidades porque tamanho é a necessidade e vontade de importar carne do brasil”, disse na época.
Seara, Aurora, Pamplona e BRF
Das sete plantas de miúdos de suínos de Santa Catarina habilitadas para exportar à China, duas são da Seara (JBS), duas da Aurora e duas da Pamplona Alimentos. A sétima unidade é da BRF. De acordo com uma fonte, o Ministério da Agricultura brasileiro enviou carta para o GACC, órgão chinês responsável pelas questões sanitárias e fitossanitárias, em 21 de outubro pedindo a habilitação das sete unidades, carta esta que foi respondida nesta segunda-feira, 4. Confira a lista das sete plantas habilitadas: SIF 3392 – Seara SIF 3548 – Aurora SIF 377 – Pamplona SIF 784 – Aurora SIF 3237 – Seara SIF 1156 – Pamplona SIF 160 .
Análise
Gustavo Rezende, consultor de mercado da Agrifatto, afirma que a habilitação mostra que as tratativas do governo brasileiro junto à China foram bem sucedidas. “A gente fica numa expectativa de que de repente aconteça novas habilitações para a carne bovina”, comenta.
Segundo ele, o fato deve aumentar ainda mais as exportações brasileiras, que entre janeiro e outubro de 2019 já são 12% maiores que o ano passado. “Podemos exportar de 15% a 17 % a mais esse ano”, projeta.