A China pediu para que oficiais locais cancelem o fechamento de pequenas criações de suínos como tentativa de restaurar a oferta local do produto. De acordo com analistas, o aumento nos preços da proteína com o avanço da peste suína africana foi exacerbado por esforços de Pequim nos últimos anos para ser mais rígido com indústrias poluentes, incluindo a produção de suínos.
Até o fim de dezembro, governos locais devem acabar com todas as “cidades sem suínos” ou “condados sem suínos”, disse o Ministério de Agricultura e Assuntos Rurais da China nesta sexta-feira. Eles devem trabalhar em conjunto com os órgãos fiscalizadores de meio ambiente onde a produção de suínos é proibida e retirar a proibição em áreas que devem autorizar a produção, de acordo com o ministério.
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O objetivo do governo é interromper a redução no tamanho do plantel de suínos até o fim deste ano e restaurar a oferta de carne suína do país a níveis normais em 2021. Suínos levam aproximadamente 10 meses para reproduzir. O ministério também pediu para que oficiais locais assegurassem a oferta durante a temporada de férias e durante importantes reuniões políticas em março “por todos os meios”.
Como parte do incentivo à produção, o governo aumentaria subsídios e apoio financeiro para suinocultores, informou o ministério.
Alguns produtores afirmaram estar hesitantes para retornar à produção de suínos sem uma vacina válida para a peste suína africana e por causa de incertezas.
O aumento no preço da carne suína, que mais que dobrou este ano, teve ligeira desaceleração nas últimas semanas com os esforços do governo para incrementar a oferta por meio do uso de estoques e de aumento das importações.