Em maio, o Ministério da Agricultura começa o projeto piloto de implantação do Plano Estratégico Brasil Livre de Peste Suína Clássica (PSC) em Alagoas. O primeiro passo será uma ação conjunta entre os setores público e privado para a execução da vacinação contra a doença de forma regionalizada na zona não livre da doença.
“O projeto piloto visa identificar as limitações e realizar os ajustes necessários para viabilizar a implementação da vacinação contra a PSC nos demais estados da zona não livre e, desta forma, reduzir os riscos na execução do plano. A atuação das Equipes Gestoras Nacional e Estadual e a interação público-privada nas ações de vacinação também serão avaliadas”, conta o diretor do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária, Geraldo Moraes.
O Plano Estratégico Brasil Livre de Peste Suína Clássica tem por objetivo erradicar a doença nos estados que compõem a zona não livre do Brasil: Alagoas, Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Roraima.
O avanço no controle e na erradicação da doença nessas zonas possibilitará o fortalecimento das capacidades do Serviço Veterinário Oficial (SVO) em desenvolver outros programas sanitários e a vigilância das doenças animais, assim como de proteger a atual zona livre e as exportações brasileiras de produtos suínos.
“O Brasil vem batendo recordes no volume de exportação de carne suína e tem expectativa de novo recorde na comercialização anual. A presença da PSC em parte do território nacional pode comprometer esse importante segmento da economia”, observou Moraes. Ainda segundo o diretor, o projeto é fruto da união entre governo federal, do governo de Alagoas e iniciativa privada.
O projeto piloto será executado de forma compartilhada pelo ministério, pela Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) e pela parceria com a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), a Associação Brasileira das Empresas de Genética de Suínos (Abegs), a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), contando com apoio do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Animal (Fonesa) e da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), além da Zoetis Indústria de Produtos Veterinários.