Após a confirmação de um caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), popularmente conhecida como doença da vaca louca, em um bovino macho de 9 anos em Marabá (PA), o setor pecuário brasileiro aguarda com ansiedade a o resultado dos testes que estão sendo realizados em um laboratório de referência no Canadá.
Esse resultado é que poderá confirmar que se trata de um caso atípico da doença – que não causa risco de disseminação ao rebanho e ao ser humano -, como se suspeita em função das características do animal afetado, ou de que se trata de um caso clássico da doença.
Mas quais as diferenças entre o caso atípico do mal da vaca louca e o caso clássico?
Confira a explicação fornecida pelo médico-veterinário e analista da HN Agro Hyberville Neto:
Caso clássico – está relacionado à ingestão de produtos de origem animal por bovinos contaminados. Foi o que aconteceu no Reino Unido nos anos 1980 e 1990, quando animais receberam produtos de origem animal na alimentação (como farinha de ossos), gerando surtos da doença. Isso também poderia gerar problemas para seres humanos que eventualmente consumissem a carne dos animais afetados.
Caso atípico – essa forma ocorre geralmente em bovinos mais velhos, que espontaneamente desenvolvem uma proteína defeituosa que atinge o sistema nervoso central. A forma atípica não gera riscos de disseminação ao rebanho, nem ao ser humano.
O animal afetado pela doença no Pará era um macho de 9 anos de idade, que foi abatido e seus restos eliminados. O diagnóstico é feito por amostras de tecido animal. O bovino era alimentado a pasto, sem receber produtos de origem animal, o que, aliás, é proibido no Brasil.
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