Em uma entrevista para discutir o Plano Safra 23/24, o consultor jurídico e ex-secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz, compartilhou suas considerações e expectativas em relação ao anúncio. Vaz destacou que, ao analisar o plano, percebe sinais positivos e efetividades benéficas para o setor agrícola. No entanto, ele também mencionou um novo conselho que não aprovou o plano, levantando dúvidas sobre a aprovação pelo Banco Central e ressaltando a questão do orçamento.
Vaz ressaltou a importância do compromisso demonstrado pelo governo com a agricultura, comparando o Plano Safra atual com os últimos 10 planos. Ele enfatizou a necessidade de continuidade e a disponibilidade de recursos sob diferentes cenários econômicos, frisando que o mercado e a taxa de juros serão influenciados por eventos imprevisíveis, como conflitos geopolíticos.
A entrevista também abordou a segunda parte do Plano Safra, que diz respeito aos agricultores familiares e aguarda esclarecimentos adicionais por meio de atos normativos e regulamentações do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central. Vaz mencionou a expectativa de um retorno a uma abordagem mais técnica e sustentável do crédito rural, com a inclusão de produtores no Pronaf e o reenquadramento de antigos beneficiários. Ele reforçou a importância de garantias de comercialização, seguro rural e a perspectiva de um incremento nos recursos para o Pronaf.
Vaz também observou a ausência do presidente do Banco Central no anúncio, interpretando-a como um sinal de uma ruptura na comunicação entre os setores da agricultura, economia e banco central. Ele salientou a necessidade de resolver o imbróglio da gestão da política monetária, com enfoque na importância de atribuir funções adequadas ao Banco Central e sua relação com as demais instituições governamentais.
______
Saiba em primeira mão informações sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo. Siga o Canal Rural no Google News.