Na quarta-feira (15), foi protocolado o pedido para instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a motivação por trás das invasões de terra promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Comentarista do Canal Rural, Miguel Daoud afirma que a CPI do MST se faz necessária.
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De acordo com ele, passou da hora de realizar investigações para se chegar aos financiadores do grupo. “Nós precisamos saber quem está financiando essas invasões”, afirmou Daoud ao participar da edição desta sexta-feira (17) do telejornal ‘Mercado & Companhia’. Para o analista, é necessário se descobrir, também, os reais objetivos desses atos.
“Criminosos são aqueles que invadem terra de forma contrária à lei” — Miguel Daoud
Ao conversar com a jornalista e apresentadora Pryscilla Paiva, Daoud foi além. Isso porque ele não moderou palavras para definir quem milita em prol de invasões de propriedades fazendas. “Criminosos são aqueles que invadem terra de forma contrária à lei. Se você comete uma irregularidade penal, você é um criminoso”, disse.
Governo vai tentar interferir contra a CPI do MST, diz Miguel Daoud
Apesar de colocar a instalação da CPI do MST como necessária, Miguel Daoud, no entanto, registrou: não está convicto de que isso ocorrerá. De acordo com ele, a comissão poderá não prosperar por duas razões:
- 1 — Pressão do governo
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De acordo com o comentarista do Canal Rural, o governo federal tem demonstrado alinhamento ideológico com os grupos invasores de terra. Sem citar nomes, ele fez referência à atuação do ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, que, recentemente, moderou uma “mesa de negociação” entre lideranças do MST e da empresa Suzano, que teve quatro fazendas invadidas na Bahia.
- 2 — Pouca adesão ao requerimento
Miguel Daoud também deu um “puxão de orelha” na bancada do agro. Isso porque ele reforçou que o requerimento de abertura da CPI foi feito com número mínimo necessário: assinaturas de 171 deputados federais. Nesse sentido, ele destacou que a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) faz questão de destacar que congrega mais de 300 parlamentares.
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Editado por: Anderson Scardoelli.
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