A presidência da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ficará sob responsabilidade de um político filiado ao Partido dos Trabalhadores. Evento agendado para ocorrer na tarde desta sexta-feira (6) na sede do Ministério da Economia, em Brasília, servirá para anunciar o nome de Edegar Pretto no cargo de presidente.
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A indicação de Pretto encerra discussões em relação ao posto de comando da companhia e às especulações sobre a função que ele poderia desempenhar dentro do governo federal. Na reta final de seu terceiro mandato como deputado estadual no Rio Grande do Sul, ele chegou a ser cogitado como possível ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar — mas a posição no primeiro escalão ficou com outro integrante do PT, Paulo Teixeira, de São Paulo.
O nome de Pretto como presidente da Conab será feito, aliás, pelo próprio Teixeira. Isso ocorrerá em virtude de a companhia ter sido transferida, neste início de governo Lula, do Ministério da Agricultura e Pecuária para a pasta do Desenvolvimento Agrário.
Quem é Edegar Pretto, o novo presidente da Conab?
Natural de Miraguaí, cidade do noroeste do Rio Grande do Sul, João Edegar Pretto, de 51 anos de idade, tem desde criança relação com a agropecuária, devido à propriedade rural então mantida por seus pais. Graduado em gestão pública, resolveu trabalhar pelo segmento na política. “Levando a enxada e as raízes do campo até o parlamento gaúcho”, afirma em seu site oficial.
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Na política do Rio Grande do Sul, Pretto foi o autor do projeto que deu origem à Lei da Agroindústria Familiar, o Susaf. De acordo com ele, a lei já “ajudou a trazer alimentos saudáveis e acessíveis do nosso campo para as nossas cidades”.
Deputado estadual pela terceira vez consecutiva, Edegar Pretto foi o candidato do PT ao governo gaúcho nas eleições de 2022. Em entrevista ao Canal Rural durante a campanha, afirmou que um de seus projetos seria incentivar a sucessão familiar em propriedades rurais do estado.
No pleito, Pretto chamou a atenção por um fato inusitado. Ele não foi para o segundo turno por causa de menos de 2,5 mil votos. Isso porque o petista recebeu 1.700.374 votos, o equivalente a 22,77% dos votos válidos. Eduardo Leite (PSDB), que acabaria reeleito, foi a escolha de 1.702.815 eleitores (26,81%) na ocasião.
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