Os preços dos combustíveis da Petrobras podem ter uma nova alta de até 17% no curto prazo, disse Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, após a estatal anunciar um aumento de 7,05% na gasolina e de 9,15% no diesel nesta segunda, 25.
“Mesmo após a elevação ser efetivada, motivados pela pressão cada vez maior exercidas pelo câmbio e pelo barril de petróleo, estimamos que ainda exista espaço potencial de nova elevação de até 17% por parte da Petrobras no curto prazo. Contudo, vale comentar que na semana passada, no auge da crise política que deteriorou ainda mais o câmbio, a defasagem chegou a se aproximar dos 30%”, disse Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.
O economista também explica que, em relação ao impacto no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o reajuste na refinaria afetaria as bombas apenas na segunda quinzena de novembro, com impacto proporcional no IPCA de novembro e integral a partir de dezembro.
“Estimamos que os impactos serão de 7 bps em novembro e 8 bps em dezembro, mas como já contávamos com a elevação da Petrobras, nós antecipamos e já havíamos incorporado um reajuste pouco maior do que esse para os próximos IPCA na nossa curva anual”, finalizou Étore Sanchez.