O mercado físico de boi gordo registrou preços mistos nesta segunda-feira, 18. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a tendência de curto prazo ainda remete a continuidade da queda nos preços. Os frigoríficos ainda exercem pressão sobre o mercado, considerando a ausência de notícias da China, grande importador de carne bovina brasileira nos últimos dois anos e meio.
“Os frigoríficos ainda operam com maior capacidade ociosa, aguardando para que a China enfim se posicione. As câmaras frias permanecem lotadas”, assinalou Iglesias.
Para o criador, o cenário também é bastante complicado, considerando a perda de margem em meio à consistente queda dos preços. “Não há grande capacidade de retenção no momento, considerando o elevado custo de nutrição animal somado a dificuldade de manejo em meio as chuvas que atingem a região Centro-Oeste”, disse.
Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 268 na modalidade à prazo, contra R$ 270 na sexta-feira. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 250, estável. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 267, ante R$ 270. Em Cuiabá, a arroba foi negociada por R$ 259 Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 262 a arroba.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem caindo, uma vez que os frigoríficos seguem disponibilizando parte de seus estoques para vendas domésticas. O corte dianteiro foi precificado a R$ 14 por quilo, queda de R$ 0,30.
O corte traseiro teve preço de R$ 20,70 por quilo, queda de R$ 0,10. A ponta de agulha por sua vez cedeu ao nível de R$ 13,80 por quilo, queda de R$ 0,20.