“A realidade do crédito rural está preocupando os agricultores que neste ano já têm um problema sério com o aumento de custo de insumos, fertilizantes e combustíveis. Agora, a tendência é que haverá um aumento substancial no custo do financiamento agrícola”, afirma Rosa.
“Logo após o lançamento do Plano Safra, houve um volume muito grande na contratação de recursos com a taxa de juros controlada, um crescimento de 61% no volume de recursos contratados para investimentos, inclusive Pronaf, que cresceu 58%”, explica o comentarista.
“Os produtores estavam confiantes que as taxas de juros estavam interessantes. De lá pra cá, a inflação recrudesceu, está anualizada na taxa de 9%; a Selic, que era de 4,2% em junho, está em 5,25% e deve fechar o ano em 8,5%. Assim sendo, aquela pressão pelo crédito rural vai aumentar mais ainda — os recursos deverão se esgotar, uma má notícia para os agricultores, pois significa aumento no custo de produção”, conclui Rosa.