Os associados da Coamo tinham a cobertura de perdas baseada na produtividade, que protegia apenas o produto. Quando havia frustração de safra, o agricultor ficava sem ter o que vender, aumentando o seu endividamento e impedido de realizar investimentos para a próxima temporada.
Criado na safra 2010/2011 o seguro receita corrigiu essas questões e garantiu até 70% da renda da propriedade com preços travados na bolsa de Chicago. No primeiro ano, o seguro protegeu 1,2 mil hectares e, quatro safras depois, ele passou a cobrir 30 mil hectares. A projeção agora é que nos próximos três anos 5 mil produtores contratem o seguro, totalizando 350 mil hectares.
– A própria seguradora faz esse hedge na bolsa de Chicago, garantindo o preço para ele e obviamente quando da colheita efetiva do produto na lavoura. Ele tem obrigatoriamente que fechar 70% ou mais – explica o gerente de produção da Coamo, Dilmar Antonio Peri.
Considerando que a cobertura do seguro é maior, ele também tem um custo mais elevado.
– Ele [o seguro] tem hoje uma taxa média de juros de 7% bruto. e aí você tem uma subvenção do governo federal através do Ministério da Agricultura, que traz a níveis de 2,8% a 3% de custo efetivo para o agricultor sobre a receita dele futura – diz Peri.