Quando outros produtores de abóbora recuaram, Giovani Tobias investiu ainda mais na cultura.
– Esse ano eu vi que o pessoal estava desestimulado. Começamos a analisar o mercado e resolvemos aumentar um pouco a área. A gente tem que sondar um pouco o mercado e às vezes ir na contramão – revela o produtor.
Tobias vende o quilo da abóbora por R$ 0,90. Nessa mesma época no ano passado, o preço não passava de R$ 0,30 centavos. De acordo com técnico agrônomo Benedito Barbosa, em um ano houve queda de 40% no plantio na região.
– Muitos produtores deixaram de produzir por causa do preço, que estava baixo, então nós tivemos pouco plantio, e esse pouco de plantio que tivemos, o produtor cuidou bem, então a safra foi muito boa e o resultado esta aí – conta.
Tobias vai colher oito toneladas por hectare, sem contar a moranga, que representa 30% da área plantada. Neste ano, os frutos não sofreram com uma das principais pragas da cultura: a mosca branca, dizimada pela chuva no início da safra.
As abóboras estão uniformes, com boa aparência e pesadas. A média é de três quilos por unidade. O mercado está tão bom que todo dia saem da região 32 toneladas de abóbora. Outra vantagem de trabalhar com o produto é que ele é sua resistência. Se o mercado não colaborar, é possível guardar toda a a produção por até seis meses.
– Se precisar armazenar por causa do preço baixo, a gente armazena e ela aguenta até melhorar o mercado – conta o agricultor.
Por enquanto, não é preciso se preocupar. A alta dos preços compensou até o aumento do custo dos insumos.
– O custo de produção dela é R$ 0,40 por quilo. Estamos vendendo por R$ 0,90. Então, uma abóbora chega a deixar R$ 2,00 – relata Giovani Tobias.