O Congresso Nacional vota nesta quarta-feira, dia 24, as novas denúncias contra o presidente Michel Temer e uma das ações do presidente para garantir apoio dos deputados foi publicar a portaria que muda conceitos de trabalho escravo. A medida, no entanto, já foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e volta a ser debatida entre os aliados, como os integrantes da bancada ruralista.
A decisão da ministra Rosa Weber foi anunciada logo no início da reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária e recebeu críticas por parte de parlamentares que participaram do encontro. “A condução deveria ser diferente. A ministra sabe do problema de insegurança jurídica que o Brasil enfrenta e não poderia dar, simplesmente, uma liminar sem fundamento técnico antes de ser aprofundado o que realmente é o conceito de trabalho escravo”, disse o ministro deputado federal Valdir Colatto (PMDB-SC).
A suspensão da portaria foi liminar e precisa ser analisada pelos outros ministros do Supremo para deixar de ser provisória. A base governista no Congresso, no entanto, acredita que essa suspensão não deve influenciar na votação de novas denúncias contra Temer, nesta quarta.
Os deputados vão decidir se o presidente deve ser investigado por obstrução de justiça e organização criminosa, por conta de um suposto esquema de pagamento de propinas. Na opinião do deputado Carlos Marun, a bancada ruralista será uma das maiores apoiadoras do presidente da República.
“O ruralista que vota pelo afastamento do presidente neste momento deveria até rasgar sua carteirinha de ruralista. O presidente Temer tem sido um grande presidente para o Brasil e reconhece a importância do setor rural. Nós temos a mais absoluta certeza, como da mesma forma a oposição tem consciência, de que nós seremos vitoriosos. A oposição não tem votos suficientes para conquistar o que deseja, ou seja, afastar o presidente da República”, concluiu.