A produtividade chegou a 92,9 sacas por hectare, enquanto que, na safra 2013/2014, o índice foi de 85,1 sacas por hectare. A área plantada permaneceu quase a mesma nas duas safras, em 9,5 milhões de hectares, segundo a Agroconsult, organizadora da expedição. A safra total de milho 2014/2015 deverá alcançar 83,7 milhões de toneladas (30,8 milhões de toneladas de milho verão), 4,6% maior do que a registrado na safra passada. E
As pragas e doenças tiveram registros dentro da normalidade. O levantamento apontou ainda que 60% da produção já foi negociada pelo preço médio de R$ 15,04. No entanto, a boa expectativa de safra americana deve desvalorizar o milho brasileiro. Outro fator que pode influenciar o preço da saca é a falta de locais para o armazenamento da safrinha. As análises ainda mostram que 5,2 milhões de toneladas do cereal já foram exportadas no país desde o mês passado. Até dezembro, o volume exportado pode chegar a 27 milhões e duzentas mil toneladas.
André Pessôa, sócio diretor da Agroconsult e coordenador do Rally da Safra, explica que as produtividades das áreas precoces ficaram acima da expectativa na maioria das regiões visitadas. Nas áreas mais tardias, as chuvas se prolongaram até o mês de junho aumentando o potencial produtivo. Em Goiás a safra é surpreendente. Produtores do Estado investiram no milho de segunda safra para compensar a queda na rentabilidade da soja, aumentando a área plantada e a tecnologia.
Em Mato Grosso do Sul, as lavouras também apresentam boa uniformidade, com rendimento acima das expectativas iniciais. No Paraná, as áreas já colhidas demonstraram boas produtividades, com rendimento acima de 150 sacas por hectare em alguns talhões amostrados.
Com um volume tão grande, os produtores estão preocupados com o armazenamento da safrinha e há registro de aumento na procura por silos bag no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. A pressão da exportação junto com a safra de soja em julho e agosto também é um fator de preocupação.