Diversos

Seca na Argentina deve impulsionar preços do trigo em 2021

Segundo analista da consultoria Safras, o mercado brasileiro de trigo também será impactado pelo câmbio, que deve seguir elevado

Os preços do trigo devem subir no primeiro semestre de 2021, com problemas climáticos para safras no hemisfério norte e uma colheita menor do que a esperada na argentina. A análise é feita por Jonathan Pinheiro, analista da consultoria Safras & Mercado. Para ele, existe um cenário de clima desfavorável não só na argentina, mas também em outros importantes países produtores, como Brasil e Estados Unidos.

“As projeções indicam uma produção de 16,8 milhões de toneladas para a safra argentina, bem abaixo em relação as 20,5 milhões previstas inicialmente. A quebra impactada pelo clima vai pressionar os preços não só no Brasil, mas também na Argentina e também na Bolsa de Chicago”, diz Pinheiro.

Mesmo diante da menor safra no país vizinho, o especialista acredita que o volume de quase 17 milhões de toneladas de trigo ainda é suficiente para atender a demanda do mercado brasileiro, que gira em torno de 6 milhões de toneladas.

Outro fator relevante para os preços, o câmbio seguirá dando suporte para as cotações do trigo, ressalta o analista. “Mesmo com as recentes quedas, o dólar para o próximo ano deve seguir em um patamar elevado, desfavorecendo os compradores nacionais e contribuindo para reajustes no cereal brasileiro” destaca.