O mercado internacional de soja segue de olho no clima que pode impactar as lavouras na América do Sul. Para Jonas Pizzatto, analista de mercado da StoneX, apesar das dificuldades enfrentadas durante a época de plantio, a produção de soja no Brasil e também na Argentina deve ter um bom rendimento nesta safra.
“Tivemos um início de plantio mais conturbado. No entanto, as lavouras receberam excelentes chuvas em janeiro, melhorando a condição das plantas. Acredito que o Brasil deve colher 133,5 milhões de toneladas de soja, um número que está em linha com que o mercado vem trabalhando. A colheita será muito boa se a chuva não atrapalhar”, diz Pizzatto.
Do lado da Argentina, o analista ressalta que o clima em janeiro foi mais sofrido em relação ao Brasil, mas ainda se fala em boa safra no país, onde o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projetando 48 milhões de toneladas. “Mesmo se tivermos mais chuvas entre fevereiro e março acredito que Argentina pode vir ainda com uma safra regular”, projeta.
Em relação aos preços, o analista da StoneX destaca o comportamento dos prêmios pela soja brasileira. “O que temos visto é uma queda nos prêmios com a entrada da safra no Brasil. Os valores têm pesado nas cotações da soja, mas ainda assim, quando olhamos o mercado em reais por saca, estamos falando em ótimos preços ao produtor, onde em muitas parcas os valores estão acima de R$ 150”, finaliza.