Mesmo com bons indicadores no setor de suínos, o produtor ainda sofre com os preços recebidos. O abate no país atingiu recorde de 40 milhões de cabeças, e a previsão de exportação em 2016 é de 730 mil toneladas de carne suína, volume jamais atingido até então. No entanto, segundo o diretor da Coser Agronegócio, Fabiano Coser, os custos de produção continuam altos e prejudicam a rentabilidade da atividade.
Coser relata que a maior procura pelo milho brasileiro no mercado internacional está estimulando os preços pagos pelo grão. Como a maior parte dos gastos do suinocultor se concentra na alimentação dos animais, a remuneração nem sempre cobre os investimentos.
Há dois anos, nesta mesma época, a saca de milho em São Paulo era comercializada por cerca de R$ 28, enquanto o quilo do suíno variava em torno de R$ 4,88. Hoje, a mesma saca é negociada a R$ 37 e o quilo do animal, por R$ 4,09, inviabilizando o lucro do suinocultor, de acordo com Coser.
O diretor da consultoria aconselha o produtor de suínos a realizar uma gestão mais eficaz em relação à estocagem de grãos, sobretudo o milho. Isso porque, segundo ele, ficou mais difícil encontrar o insumo a preços favoráveis à suinocultura.