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Sustentabilidade ambiental e social precisam caminhar juntas, diz COO da UPL

No último painel do Fórum Planeta Campo, Carlos Pellicer disse que é preciso olhar para o pequeno produtor e recompensá-lo de maneiras diferentes

No último painel do Fórum Planeta Campo: “Transformação social por meio da sustentabilidade”, os convidados falaram sobre a importância de priorizar não apenas o meio ambiente, mas o desenvolvimento social e econômico, especialmente em comunidades mais vulneráveis como na Amazônia brasileira.

Participantes do último painel do Fórum Planeta Campo “Transformação social por meio da sustentabilidade” Foto: Risnic Fotografia

Segundo a diretora do Fundo JBS pela Amazônia, Andrea Azevedo, além da preservação do meio ambiente, é preciso buscar sustentabilidade econômica. “No Brasil, historicamente, o ambiental e o social caminham juntos. Os projetos não podem apenas buscar a sustentabilidade ambiental, é preciso reduzir a pobreza”.

Na Amazônia, Azevedo cita um projeto em que parte da renda arrecadada vai para uma escola em uma comunidade. “Além de aumentar a renda dos produtores que estão inseridos, também contribuí com o desenvolvimento daquela comunidade”, disse.

De acordo com o COO Global da UPL, Carlos Pellicer, sustentabilidade ambiental e social precisam caminhar juntas. “É preciso olhar para o pequeno produtor. Ele precisa ser recompensado de maneiras diferentes, até para viabilizar o mercado de carbono, por exemplo”, explica.

Recentemente, a UPL lançou um projeto para retirar 1 bilhão de toneladas (1 gigaton) de gases de atmosfera até 2040, o que renderia cerca de US$ 15 bilhões em créditos de carbono.

Parte do valor (entre 60% e 70%), segundo a empresa, será revertido em bonificação aos produtores rurais responsáveis pela geração deste crédito. O restante será usando em despesas operacionais.

Batizado de Gigaton Challenge, o projeto foi lançado no início da semana em São Paulo, junto com a Fundação Fifa, braço social da Federação Internacional de Futebol.

Na avaliação do pesquisador Eufran Ferreira do Amaral, da Embrapa Acre, é preciso olhar ‘de baixo para cima’ e sempre ter em mente a sociodiversidade de uma região. “Se trabalharmos no conceito de cadeia de valor, todos ganham. E o mais importante, além de gerar valor, incorporar e auxiliar as comunidades, melhorar a condição de vidas das pessoas com políticas públicas e uma produção adequada”, afirmou.