Tempo

Confira a previsão do tempo para as áreas de café do Brasil

De acordo com a Somar Meteorologia, a onda de frio perde força e não há mais risco para geadas. Destaca passa a ser as chuvas

Cafezal em Mantiqueira de Minas - Foto: Inez De Podestà/Mapa
Cafezal em Mantiqueira de Minas. Foto: Inez De Podestà/Mapa

A onda de frio perde força e não há mais risco para geadas em áreas de café. Nos próximos cinco dias, o que deve chamar atenção é a chuva em decorrência da formação de uma frente fria e um ciclone extratropical, no norte do Paraná e em boa parte de São Paulo. Porém, com acumulados inferiores a 50 milímetros na soma total. Isso deve paralisar momentaneamente as atividades de colheita na região.

A chuva ganha mais força entre 10 e 14 de junho nessas áreas, com acumulados podendo ultrapassar 70 milímetros no norte do Paraná. A partir do dia 15, o tempo seco deve voltar a predominar favorecendo novamente as atividades em campo.

Últimos dias

No sul de Minas Gerais, Espírito Santo e Rondônia, há previsão de pouca chuva nos próximos 15 dias, sendo que as pancadas devem ocorrer de forma muito isolada, sem prejudicar as atividades de colheita do café. O ar polar vai predominar novamente ao longo dos próximos dias, mas dessa vez com menos intensidade, sendo os próximos 15 dias menos frios do que foi a última semana de maio, sem riscos para geadas nas lavouras.

Os últimos dias foram marcados pela passagem de uma frente fria que trouxe novas pancadas de chuva para o Paraná e para boa parte de São Paulo nos dias 1º e 2 de junho, mas sem volumes significativos. No sul de Minas Gerais e Espírito Santo, a presença de um sistema de alta pressão favoreceu o tempo mais seco nos últimos 7 dias, colaborando com as atividades em campo. Em Rondônia, a situação não foi muito diferente, com o predomínio de tempo seco na metade sul do estado e poucas precipitações sendo registradas na metade norte. De modo geral, sem a presença de chuva volumosa e persistente, as atividades de colheita nas áreas produtoras de café foram favorecidas pelas condições de tempo.

Além disso, as temperaturas merecem destaques. A passagem desta última frente fria foi responsável por derrubar mais uma vez as temperaturas no Paraná e também no estado de São Paulo no início desta semana. No Espírito Santo e, principalmente, em Minas Gerais, as temperaturas caíram bastante na metade da semana passada, com um aumento gradual verificado nos dias seguintes e retorno da sensação de calor nos últimos dias. “Não tivemos geadas que prejudicassem as lavouras comerciais, a geada foi mais rasteira na relva, apenas nos pontos mais altos”, explica o meteorologista Celso Oliveira, da Somar.

Andamento da colheita

A colheita da safra 2020/2021, que já passou dos 13%, ainda apresenta atraso em relação ao ritmo do ano anterior e à média histórica. No ano passado, os produtores já haviam colhido 16% da safra nesse mesmo período.

As restrições à circulação de pessoas devido às medidas de isolamento impactaram os trabalhos de campo, sobretudo no Espírito Santo.

A colheita em Minas Gerais, maior produtor de café arábica do Brasil, que está no início, também vem passando por atrasos devido a restrições para locomoção e devido ao número menor de trabalhadores nas lavouras. O atraso no início da colheita não é o ideal para o grão, que precisa ser colhido no tempo exato da maturação.

De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a colheita de café arábica 2020/2021 do Brasil passou a ganhar maior ritmo só no fim de maio, com grande parte dos cafeicultores iniciando de forma efetiva os trabalhos.