Tempo

La Niña atinge o pico de intensidade neste mês; veja como fica o tempo

Expectativa de chuva forte com trovoadas, ventania e granizo no Sul do país, sul de Mato Grosso do Sul e oeste de São Paulo nesta 1ª semana

O fenômeno La Niña atinge o seu pico de intensidade neste mês. Porém, a Agência de Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (Noaa) mantém a previsão do gradual enfraquecimento da fase fria no decorrer do segundo trimestre de 2021, com indicação de uma fase de transição/neutralidade para meados de 2021.

A fase fria, conhecida como La Niña, favorece o regime de chuvas do período úmido de 2021 sobre o Sudeste e Centro-Oeste, Nordeste e principalmente sobre o Norte, cujos efeitos são mais evidenciados a partir de fevereiro, com a instalação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). O fenômeno também potencializa estiagens regionalizadas no Sul do Brasil.

Previsão do tempo

A primeira semana de 2021 terá uma condição tropical, ou seja, calor e pancadas de chuva em boa parte do país. A previsão para os próximos sete dias é de que a chuva venha mais uma vez de forma generalizada em Minas Gerais, com acumulados acima de 80 milímetros, dificultando as atividades de campo em áreas onde a colheita já se iniciou.

Chuva volumosa também é esperada no Acre e Amazonas. Já no sul de Mato Grosso do Sul, centro e sul de Goiás, Maranhão, Pará, Paraná e São Paulo, esperam-se pancadas típicas de verão, após tardes quentes, com acumulados entre 40 e 70 milímetros nas áreas produtoras.

Entre terça, 5, e quinta-feira, 7, a formação de áreas de baixa pressão atmosférica que se alimentam da umidade da Amazônia vão trazer chuva forte com trovoadas, ventania e granizo ao sul do país, sul de Mato Grosso do Sul e oeste de São Paulo. As áreas mais atingidas serão as do Paraná, com acumulados entre 50 e 80 milímetros no período.

Já a metade sul do Rio Grande do Sul tem chuva menos volumosa e frequente, com acumulados abaixo dos 20 milímetros. Atenção especial com relação à previsão de queda de granizo, principalmente em Santa Catarina e Paraná.

Por outro lado, chuvas acontecem, mas de forma muito mal distribuída e com baixo volume em Mato Grosso e Tocantins, em meio a temperaturas elevadas. Por isso, a tendência é de perda de até 10% na umidade do solo em áreas do norte de Mato Grosso e de Goiás e do Matopiba.

“O Pacífico Sul, sem bloqueios atmosféricos no momento, combinado com o enfraquecimento do Vórtice Ciclônico de Altos Níveis sobre o Nordeste do Brasil, faz com que os sistemas chuvosos avancem um pouco mais para norte e vão acontecer de forma mais frequente e com elevado acumulado em Minas Gerais, Goiás, centro e leste de Mato Grosso”, diz Patrícia Vieira, técnica em meteorologia da Somar.

A chuva também acontece, mas com menor acumulado no Matopiba, norte de Mato Grosso do Sul e nordeste de São Paulo. No Sul, Pantanal e oeste de São Paulo, não há previsão de volumes significativos entre 9 e 13 de janeiro.

Os índices de umidade do solo estão acima dos 80% em boa parte de São Paulo, oeste, centro e sul de Minas Gerais, Rio de Janeiro, leste e norte do Paraná e Santa Catarina, centro e leste de Goiás, centro, norte e leste de Mato Grosso e região Norte de maneira geral. Por outro lado, índices abaixo dos 50% no Pantanal, metade sul do Rio Grande do Sul, norte de Minas Gerais e Matopiba.