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Sistema Cantareira, em SP, opera em nível de alerta

Reservatório, que abastece a Região Metropolitana de São Paulo, está com 39,1% da capacidade

O Cantareira, sistema que abastece a região da Grande São Paulo, operou na quarta-feira (6) com apenas 39,1% de sua capacidade, em nível de alerta. Esse é o nível mais baixo do reservatório para um mês de julho desde 2015, ano em que foi preciso que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) utilizasse a reserva técnica [água abaixo das comportas] para o abastecimento.

O sistema vem operando em nível de alerta, abaixo dos 40% de sua capacidade, desde o dia 28 de junho. Há um ano, o volume do Cantareira era de 44,25%. O Cantareira é o maior reservatório da Região Metropolitana de São Paulo e é responsável pelo abastecimento de água para 46% da população da Grande SP.

Em julho de 2013, poucos meses antes de o estado de São Paulo enfrentar a sua maior crise de abastecimento, o sistema Cantareira operava com um volume de 56,30%, acima do que está sendo registrado hoje. Apesar disso, a Sabesp nega a possibilidade de crise de abastecimento.

“Não há risco de desabastecimento neste momento na região metropolitana de São Paulo, mas..”

“A Sabesp esclarece que não há risco de desabastecimento neste momento na região metropolitana de São Paulo, mas orienta o uso consciente da água, em qualquer época e em todos os municípios em que opera”, disse a companhia, por meio de nota.

Os demais mananciais que compõem o Sistema Integrado Metropolitano estão em situação melhor que o do Cantareira:

  • Alto Tietê — 59,1%;
  • Guarapiranga — 73,8%;
  • Cotia — 80,6%;
  • Rio Grande — 96,8%;
  • Rio Claro — 43,9%;
  • São Lourenço — 87,2%.

Com isso, o volume total armazenado nos mananciais que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo está atualmente em 53,8%. Em julho de 2013, pouco antes da crise hídrica, esse volume total estava em 65%. “Neste momento, o Sistema Integrado opera com 53,8% da capacidade, nível similar, por exemplo, aos 51,2% de 2021, quando não houve problemas no abastecimento da região metropolitana”, disse a Sabesp.

Segundo projeções feitas pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), se chover o esperado para os próximos meses, o Cantareira deve chegar a setembro operando em torno de 28%, na faixa de restrição. Caso as chuvas fiquem abaixo de 25% do seu nível histórico para o período, o armazenamento do sistema pode cair a 26%.

Níveis do Sistema Cantareira

A captação de água do Sistema Cantareira é condicionada ao nível de armazenamento de água do manancial observada no último dia de cada mês. Foram criadas cinco faixas, definidas por uma resolução conjunta da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), em 2017, e que devem ser seguidas pela Sabesp. Os cinco níveis criados pela resolução são:

  1. Normal, quando o nível do reservatório é igual ou maior que 60%;
  2. Atenção, quando é igual ou maior que 40% e menor que 60%;
  3. Alerta, quando está maior que 30% e menor que 40%;
  4. Restrição, quando é maior que 20% e menor que 30%;
  5. Especial, quando o volume acumulado é menor que 20%.

As faixas orientam os limites de retirada de água do sistema. Como no dia 30 de junho o Sistema Cantareira estava com 39,7% da capacidade total, ele está operando na fase de alerta – situação que deve ser mantida até o dia 31 deste mês, caso seja mantido um volume entre 30% e 40%.

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