O presidente Jair Bolsonaro mudou o tom e incluiu os parlamentares no “time” que está empenhado em aprovar a reforma da Previdência no Congresso. Ao lançar a campanha de comunicação da proposta, Bolsonaro também fez um aceno à imprensa, ponderando que já cometeu “algumas caneladas” contra os meios de comunicação, mas que a mídia é “importante para que a chama da democracia não se apague”.
“Precisamos salvar as próximas gerações do nosso Brasil. Não pode um País tão maravilhoso como esse patinar na economia. O time que formamos, junto com parlamentares, tem essa preocupação com o futuro do Brasil”, discursou.
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Mais cedo, durante viagem ao Rio de Janeiro, Bolsonaro disse que se a Câmara e o Senado possuem uma proposta melhor da Previdência deveriam colocar em votação. Agora, no entanto, disse que espera que a matéria sugerida pelo governo passe pelas duas Casas com o menor número de emendas possível. Ele manteve o discurso de que valoriza o Parlamento, que “vai dar a palavra final na nova Previdência”.
Após colocar, pela manhã, a “classe política” como o grande problema do Brasil, o presidente disse nesta tarde que o governo pretende buscar a melhora de possíveis equívocos no texto junto ao parlamento. Em certo momento, Bolsonaro se dirigiu diretamente aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para fazer um agradecimento e destacar que os dois foram unânimes sobre a necessidade da proposta. Afirmou, ainda, que até mesmo governo de oposição estaduais dizem reservadamente que precisam da reforma da Previdência.
“Durante a campanha todos nós sabíamos que mergulharíamos numa crise bastante séria, que é econômica, ética e moral. Mas essa questão econômica é essencial para todos aqui no Brasil. Nas minhas viagens pelo mundo afora tem uma coisa só que a gente ouve: ‘se aprovarmos reforma da Previdência o Brasil sairá dessa estagnação’. Isso passa por todos vocês, parlamentares, nesse momento. Todos, sem exceção”, declarou.
Bolsonaro também aproveitou o discurso para elogiar o ministro da Economia, Paulo Guedes, a quem chamou de “o pai da criança”. “O Paulo Guedes, estando à frente dessa equipe, tem dado o norte para conseguirmos essa vitória”, disse o presidente ao falar sobre eventual aprovação do texto no Parlamento.